terça-feira, 3 de novembro de 2015

MOBILIZAÇÃO!


ENTIDADES SOCIOASSISTENCIAIS PROMOVEM MOBILIZAÇÃO EM  FLORIANÓPOLIS POR MUDANÇAS NO ORÇAMENTO MUNICIPAL

A Mobilização acontece nesta quarta-feira, às 14 horas, em frente à Câmara de Vereadores

Na próxima quarta-feira, dia 4/11, às 14 horas, acontecerá uma Audiência Pública na Câmara de Vereadores de Florianópolis sobre o Orçamento para 2016. O que chamou a atenção foi que na área de Assistência Social houve redução de 59% - mais de 11 milhões de reais-, o que gerará um grande impacto em todos os serviços prestados à população.
  
Diante dessa redução, o FPPF - Fórum Políticas Públicas de Florianópolis, que congrega todas as entidades socioassistenciais da cidade, o Conselho da Assistência Social (CMAS), Conselho da Criança e do Adolescente (CMDCA), promovem uma mobilização para sensibilizar os vereadores sobre o que isso representa.

De acordo com a vice-presidente do CMAS, Solange Bueno, a Comissão de Finanças, após os cortes realizados pelo executivo municipal, analisou de que todos os serviços assistenciais ficarão comprometidos e muitos não terão recursos para atender o ano inteiro.

Atualmente, o município conta com a rede complementar formada por mais de 120 instituições não-governamentais que desempenham relevante papel. Muitas delas mantêm convênio com a Prefeitura para arcar com parte dos custos.

Na área de acolhimento de crianças e adolescentes em situação de risco, por exemplo, que funciona 24 horas por dia, 12 meses por ano - (antigos orfanatos), existem 11 na cidade. Destes, apenas dois são governamentais, o restante é mantido com muito custo pelas ONG’s. Cada criança, custa em média, 2,5 mil reais por mês. Em 2015, por exemplo, a Prefeitura repassou a essas entidades pouco mais de 900 reais/mês. “Para dar conta do custo real, as entidades se desdobram como podem, promovendo eventos beneficentes, realizando campanhas. Um grande desafio quando a responsabilidade deste serviço seria integralmente do governo”, comenta Solange. Com a redução, muitas dessas instituições, que dependem de convênio, correm o risco de fechar as portas.

A área do idoso também será afetada. Hoje, a cidade não conta com nenhum serviço público de acolhimento de idosos e a demanda aumenta cada dia mais. Programas voltados às mulheres vítimas de violência, deficientes, contraturno escolar, moradores de rua  e os Centros de Referência de Assistência Social – CRAS também terão as atividades comprometidas.

 A Secretaria Municipal de Assistência Social, em pouco mais de dois anos de governo já trocou seis vezes de secretário. “Imagine uma empresa, em que a diretoria tem seis presidentes diferentes em pouco tempo. Trocam pessoas, equipe e o trabalho precisa ser adaptado a cada mudança. No caso do governo, embora muitos podem até não perceber, gera uma ineficiência grande no sistema”, destaca Karine Amorim dos Anjos – integrante do FPPF – Fórum de Políticas Públicas de Florianópolis e conselheira do CMAS.

Segundo Lisiane Bueno - presidente do CMDCA – Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – a falta de recursos nessa área é muito grave. “Não será possível trabalhar efetivamente na prevenção, por exemplo, o que traz consequências não só agora, no presente, mas no futuro também, ou seja, o impacto é a curto, médio e longo prazo”.


























Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.